Na madrugada desta sterça-feira (3) os detidos durante a operação Pão e Circo, deflagrada na última quinta-feira (28) pelo Ministério Público da Paraíba, Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU), foram liberados. Eles cumpriam prisão temporária. Prefeitos de três municípios paraibanos e servidores foram presos.
No total, 28 pessoas foram detidas durante a operação. Eles são suspeitos de participação em um esquema de superfaturamento em contratos para a realização de festas como o São João e outras comemorações, que desviou cerca de R$ 65 milhões.
Já os prefeitos de Sapé, Alhandra e Solânea, que também foram presos durante a operação, deixaram os presídios antes do prazo da prisão temporário, que é de cinco dias. Os advogados entraram com o pedido de habeas corpus, que foi concedido e eles foram libertados durante o fim de semana.
No início da madrugada os suspeitos que estavam na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, mais conhecido como presídio do Roger, deixaram o local e não quiseram falar com a imprensa. Os familiares e os advogados dos suspeitos estavam na porta do presídio esperando os investigados. No presídio do Roger estavam os presos que não tinham curso superior.
Afastamento
O procurador-geral de Justiça da Paraíba, Oswaldo Trigueiro, protocolou na tarde desta segunda-feira (2) os pedidos de afastamento de prefeitos e servidores presos em ação da operação Pão e Circo.
Segundo Trigueiro, a cautelar penal foi protocolada no Tribunal de Justiça e o desembargador Joás de Brito Filho deve julgar o caso até esta terça. A intenção é que eles não causem impacto na investigação, uma vez que, quando estão no cargo, eles têm mais facilidade de ocultar provas e coagir testemunhas.
“O pedido é que eles se afastem até o fim da apuração. O afastamento foi pedido porque, diante da vasta documentação que tem o Ministério Público, fica claro que esses gestores estão moralmente incapazes de exercer suas funções”, disse o procurador-geral, que disse também solicitou que as empresas e empresários fiquem impedidos de firmar contratos com estados e prefeituras.
Fonte: G1
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