Créditos: Bruno Spada |
Autonomia, realização, superação. Incentivar esses fatores é o objetivo na reunião de 500 jovens vítimas de violência
sexual, em Brasília, para trocar suas experiências no 4º Seminário
Nacional ViraVida, entre 31 de outubro e 2 de novembro. No primeiro dia,
o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, assinou o decreto que
adota o projeto ViraVida como um programa oficial de políticas públicas
do governo distrital, tornando-se piloto para atingir também outros
estados.
Com o tema “Poder Jovem – Inovar e Transformar”, o evento pretende mostrar como educação e capacitação profissional podem transformar a vida
e resgatar a cidadania dos jovens vítimas de violência. “Esse é um
resgaste de vida, não só de autoestima. Esses jovens têm talento,
inteligência, precisam apenas de oportunidade para mostrar capacidades”,
conta o presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli, ao Promenino. “Eles não vem para o seminário apenas para ouvir palestras sobre experiências, mas sim também mostrar o seu poder”.
Cerca de três mil crianças de escolas públicas do Distrito Federal, além
de representantes de instituições públicas, privadas e ONGs, poderão
participar das oficinas, palestras e debates sobre questões ligadas à
juventude até sábado, relacionando cuidados com a saúde, sexualidade, redes sociais, emprego e empreendedorismo , no seminário.
“Esses jovens mostram diariamente sua autonomia. Temos um jovem que
participa do projeto que se tornou professor em mecatrônica, por
exemplo. Por isso a troca de experiências como pilar para mostrar que há
caminhos de superação”, ressalta Meneguelli.
Durante o seminário, os participantes do projeto escreverão a Carta da
Juventude ViraVida, manifesto que expõe os desejos dos participantes por
uma sociedade mais justa, democrática e sustentável. O documento será
entregue à presidenta Dilma Rousseff.
ViraVida
O 4º Seminário Nacional
ViraVida faz parte do projeto ViraVida, criado em 2008, pelo Conselho
Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria), que atende jovens com
idade entre 16 e 21 anos, de baixa renda e com histórico de violência
sexual. Durante um ano, o projeto prepara os beneficiados para o mercado
de trabalho, oferecendo cursos técnicos profissionalizantes e educação
básica, além de atendimento psicossocial, médico e odontológico.
Atualmente, o programa está presente em 23 cidades, de 19 estados
brasileiros e já atendeu mais de 3,7 mil jovens.
Fonte: Portal Pró-Menino
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