Quatro ex-PMs estão entre os presos suspeitos de envolvimento com uma milícia
que atua na Zona Oeste do Rio na manhã desta quinta-feira (1º), durante a
Operação Pandora. Duas mulheres também foram presas na operação deflagrada por
policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e do
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
De acordo com o delegado da Draco, Alexandre Capote, no total foram cumpridos 10 dos 18 mandados de prisão preventiva, sendo que 4 suspeitos já estavam presos. (Anteriormente, a Secretaria de Segurança havia informado que cinco suspeitos estavam presos).
De acordo com o delegado da Draco, Alexandre Capote, no total foram cumpridos 10 dos 18 mandados de prisão preventiva, sendo que 4 suspeitos já estavam presos. (Anteriormente, a Secretaria de Segurança havia informado que cinco suspeitos estavam presos).
PM segue foragido
Ainda segundo o delegado Alexandre Capote, um policial civil aposentado é aguardado para se apresentar à polícia nesta tarde. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio, ele agia como "agente infiltrado" na Corregedoria Interna da Polícia Civil, onde foi lotado, e forneceria ao grupo criminoso informações sigilosas sobre as rotinas e operações policiais.
Ainda segundo o delegado Alexandre Capote, um policial civil aposentado é aguardado para se apresentar à polícia nesta tarde. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio, ele agia como "agente infiltrado" na Corregedoria Interna da Polícia Civil, onde foi lotado, e forneceria ao grupo criminoso informações sigilosas sobre as rotinas e operações policiais.
Polícia apresentou o material apreendido
durante
Operação Pandora nesta quinta (1º) no Rio
(Foto: Túlio Mello/G1)
Operação Pandora nesta quinta (1º) no Rio
(Foto: Túlio Mello/G1)
Além disso, segundo a denúncia, o policial aposentado seria incumbido de
provocar a realização de operações contra a milícia rival e de prender seus
integrantes, inclusive com base em informações repassadas pelos milicianos do
grupo do qual o policial faria parte. Um PM continua foragido, de acordo com o titular da Draco.
Foram expedidos também 33 mandados de busca e apreensão. Entre o material
apreendido nesta quinta estão R$ 45 mil, uma máquina de contar dinheiro, uma
luneta de longo alcance, uma pistola 380 com munição e três carregadores, além
de documentos e computadores que comprovariam a participação dos suspeitos na
milícia. Um veículo também foi apreendido.
"A ação de hoje demonstra que a Secretaria de Segurança e o Ministério
Público não vão dar trégua a organizações criminosas que venham atuando no Rio
de Janeiro, sobretudo as milicianas, que são extremamente violentas e intimidam
a população local", afirmou o titular da Draco.
"Ao todo, foram quase 800 milicianos presos desde 2007, incluindo 5
vereadores, 1 deputado estadual e 1 deputado federal, além de vários policiais
civis e militares e integrantes das Forças Armadas", acrescentou Capote.
Exploração de transporte e caça-níqueis
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Seseg), o grupo é suspeito de explorar, entre outras atividades, o transporte alternativo de passageiros (vans e mototáxis) e jogos de azar por meio de máquinas caça-níqueis, além de vender de botijões de gás e água a preços superfaturados.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Seseg), o grupo é suspeito de explorar, entre outras atividades, o transporte alternativo de passageiros (vans e mototáxis) e jogos de azar por meio de máquinas caça-níqueis, além de vender de botijões de gás e água a preços superfaturados.
Suspeito é levado para a delegacia
(Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo)
(Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo)
Investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaecco) e da Draco apontam que,
além de agir em Campo Grande, o grupo também explora pontos em bairros vizinhos,
como Cosmos, Inhoaíba, Santíssimo, Paciência e Sepetiba.
Segundo a Seseg, a quadrilha é suspeita também de praticar crimes como
homicídios qualificados, extorsões, ameaças, posse e porte ilegal de armas de
fogo. O objetivo do grupo, segundo a polícia, é dominar o território e a
economia de toda aquela região por meio da violência.
Além de policiais da Draco, participam da ação agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, da Corregedoria Geral Unificada (CGU) e de diversas delegacias distritais e especializadas da Polícia Civil. São pelo menos 150 agentes envolvidos na operação.
Além de policiais da Draco, participam da ação agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, da Corregedoria Geral Unificada (CGU) e de diversas delegacias distritais e especializadas da Polícia Civil. São pelo menos 150 agentes envolvidos na operação.
Operação da Polícia Federal
Também nesta quinta, agentes da Polícia Federal fazem uma operação para combater uma organização criminosa suspeita de fraudar o Fisco no Rio. A operação é denominada Voo Livre. Ao todo, a polícia tenta cumprir 39 mandados de busca e apreensão em diversos pontos da cidade. De acordo com a PF, o prejuízo causado pelo não recolhimento de tributos chega a R$ 148 milhões por ano.
Também nesta quinta, agentes da Polícia Federal fazem uma operação para combater uma organização criminosa suspeita de fraudar o Fisco no Rio. A operação é denominada Voo Livre. Ao todo, a polícia tenta cumprir 39 mandados de busca e apreensão em diversos pontos da cidade. De acordo com a PF, o prejuízo causado pelo não recolhimento de tributos chega a R$ 148 milhões por ano.
Segundo a Polícia Federal, entre os suspeitos estão funcionários da Receita
Federal que atuam no setor de desembarque do Aeroporto Internacional Antônio
Carlos Jobim (Galeão), na Ilha do Governador.
Fonte: G1
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