segunda-feira, 25 de maio de 2015

CRM-PB orienta médicos sobre busca de crianças desaparecidas



Os hospitais infantis Arlinda Marques, Valentina Figueiredo e a Assistência Médica Infantil da Paraíba - Amip, todos em João Pessoa, receberam hoje, segunda-feira (25), Dia Internacional da Criança Desaparecida, a visita da Caravana Nacional dos Conselhos Regionais de Medicina.  A ação ocorreu simultaneamente em todo o país pelos conselhos regionais, em busca de sensibilizar e chamar a atenção dos médicos e da sociedade para o problema.
Ele disse ainda que categoria médica precisa ficar atenta aos casos de desaparecimento divulgados pela imprensa e nos canais oficiais, já que em algum momento as pessoas podem passar por uma unidade de saúde e precisar de um tratamento médico. “Na consulta, o médico pode observar como a criança ou adolescente se comporta com o acompanhante, se tem marcas de violência, se está com os documentos de identificação, entre outros pontos importantes”, ressaltou o conselheiro.De acordo com o conselheiro do CRM-PB, Eurípedes Mendonça, o objetivo das visitas é de mobilizar médicos e outros profissionais da saúde a colaborarem com a busca das crianças desaparecidas e ainda orientar pais e responsáveis para evitar o problema.
Ausência de dados no estado

Dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina, apontam que, por ano, 50 mil crianças somem no país e cerca de 250 mil casos ainda não foram solucionados. Apesar disso, o estado da Paraíba,  não possui estatísticas do número de desaparecidos. No Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidas aparecem apenas os dados de 17 estados e a Paraíba não está incluída.

A promotora da Infância e Juventude, Soraya Escorel, comentou que a falta de dados sobre o problema no estado ocorre pela ausência de uma delegacia específica para o registro dos desaparecimentos infantis, sendo assim, quando uma criança desparece os familiares podem registrar um boletim de ocorrência em qualquer delegacia. Segundo a promotora, os dados deveriam ser disponibilizados pela Secretaria Segurança e Defesa Social (Seds). O G1 entrou em contato com a Seds, mas não teve respostas sobre os dados.
A promotora ressalta também que muitas vezes o registro do desaparecimento de crianças e adolescentes só ocorre após 24h da perda. “A mentalidade da população ainda é de esperar para registrar o desaparecimento à polícia, mas esse registro precisa ser imediato, para que as buscas sejam iniciadas o mais rápido possível.”, disse Soraya.

Fonte: G1PB

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