Realizada simultaneamente em 40 cidades depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a marcha da maconha, na quarta-feira, as Marchas da Liberdade atraíram todo tipo de reivindicação, de manifestantes defendendo os índios do Xingu a feministas e grupos contra a homofobia.
Em São Paulo, a marcha reuniu cerca de 2 mil pessoas, integrantes de mais de 110 movimentos sociais. Além dos manifestantes favoráveis à liberação da maconha, o evento atraiu defensores de políticas favoráveis às mulheres, a favor do passe livre, contra a repressão policial e também defensores da liberdade no Oriente Médio. Segundo a PM, não houve incidentes. Em alguns momentos, porém, a reportagem sentiu o cheiro de maconha entre os manifestantes.
A passeata saiu do vão livre do Masp, na Avenida Paulista, e, por volta das 16h, seguiu em direção à Rua da Consolação. O foco da manifestação foi contra a repressão policial e pelo fim do uso de armamentos por PMs durante manifestações sociais. Antes da liberação pelo STF, a marcha da maconha acabou em pancadaria, em 21 de maio.
Segundo os organizadores, o evento foi positivo. "Conseguimos chamar a atenção para a nossa causa", disse uma das líderes, Gabriela Moncau. No fim da manifestação, as pessoas foram convocadas a comparecer à Marcha da Maconha, no dia 2 de julho, também na Paulista.
Exaltados
Outros ativistas, como gays e feministas, também compareceram. Muitos manifestantes levaram cartazes cujos dizeres faziam alusão à liberdade de expressão e de manifestação. Outros pediam a legalização do uso da maconha. Um deles dizia: "Maconheiros apoiam os bombeiros!"
O ex-ministro do Meio Ambiente, no governo Lula, e secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, acompanhou a manifestação. "É preciso rever as políticas públicas sobre drogas", disse.
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo.
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