Fazer
com que os testes Anti-HIV sejam rotina para todas as mulheres paraibanas foi
uma das ações que ficou definida durante uma oficina sobre o Plano Estadual de
Enfrentamento a Feminização da epidemia da AIDS, composto por 42 ações,
realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no Centro Formador de
Recursos Humanos (Cefor). Para que as mulheres tenham acesso a esses exames a
Secretaria vai implantar centros de referências em todo o Estado e capacitar os
profissionais do Programa de Saúde da Família (PSF) e dos hospitais de
referência dos colegiados de gestão para a realização do teste rápido do HIV.
Participaram
da oficina representantes de Ongs que trabalham com a prevenção e combate a
Aids, técnicos da SES, das Gerências Regionais de Saúde, da Secretaria Estadual
da Mulher e Diversidade Humana e representantes dos municípios de Bayeux, Santa
Rita, Campina Grande, Patos, João Pessoa e Cabedelo, que recebem recursos
financeiros para a implantação de ações e projetos de enfrentamento a Aids.
Também
ficou definida a implantação do projeto Nascer em todas as maternidades do
Estado, a realização de ações específicas para profissionais do sexo,
travestis, mulheres privadas de liberdade, com transtornos mentais e vivendo
com HIV/Aids, a descentralização do exames e a articulação com o Núcleo de
Apoio à Saúde da Família (Nasf), Centros de Referência da Assistência Social,
(Cras) para apoio psicológico e social às mulheres com HIV/Aids.
Números – Dados da Secretaria de Estado da Saúde revelam que no
período 2004 a 2009, o quantitativo feminino de casos de Aids sempre
ultrapassou mais de 100 casos registrados por ano. Dos 4.773 casos da doença
registrados nos últimos 25 anos, quando a doença chegou à Paraíba, 33,71%, ou
seja, 1.609 casos foram diagnosticados no sexo feminino. Em 2010, até o mês de
junho, existiam 178 casos. Desses, 99 são homens e 79 mulheres.
Este
ano, até o mês de maio foram feitas 83 notificações, sendo 52 do sexo masculino
e 31 do feminino. “Apesar dos homens aparecerem em maior quantidade no
levantamento, o número de mulheres contaminadas vem aumentando a cada ano”.
Avaliou a Gerente Operacional das DST\Aids e Hepatites Virais da Secretaria de
Estado da Saúde, Ivoneide Lucena Pereira.
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