O procurador jurídico da Assembléia Legislativa da Paraíba (ALPB), Cecílio Ramalho, revelou nesta quinta-feira (09) que a Casa espera que o Ministério Público Estadual (MPPB) assuma, ao lado da Policia Federal, as investigações do caso do grampo telefônico encontrado no gabinete do presidente da ALPB, Ricardo Marcelo (PSDB). Já o procurador geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro, disse que o Serviço de Inteligência do Ministério Público vai apurar o caso. Trigueiro classificou como grave a ação deste tipo na AL.
De acordo com Cecílio, quem está conduzindo as investigações é o próprio presidente, com sua chefia de gabinete e advogado pessoal e nada ainda foi passado para Procuradoria. Cecílio acrescentou que ontem Ricardo Marcelo procurou o procurador geral, Oswaldo Trigueiro, mas não conseguiu encontrá-lo para uma reunião, mas ainda aguarda a entrada do MPPB no caso.
“A fiscalização vai ser de fora, a AL vai trabalhar para órgãos externos fiscalizem o caso, como o MPPB e a PF, até mesmo para não se politizar as investigações, se leve para o lado político”, disse. Cecílio explicou que a procuradoria só irar se posicionar, com alguma medida legal, caso a PF não siga espontaneamente com as investigações. Segundo ele, quem enviou ofício a PF, solicitando a perícia no objeto encontrado foi o advogado do presidente, Abelardo Jurema.
Fora das investigações
Apesar da preferência do presidente Ricardo Marcelo, a assessoria de comunicação da PF revelou em contato com a reportagem do WSCOM Online que a instituição não irá investigar o caso, pois não é de sua competência e sim das policias estaduais.
A assessoria explicou que a PF apenas periciou o material encontrado, através de pedido via ofício do presidente, e constatou que realmente se trava de um grampo telefônico. Ainda segundo a assessoria, a resposta da perícia da PF foi encaminhada a AL no dia 27 de maio e sua participação no caso se encerrou nesta data.
Segundo o laudo pericial nº 233/2011, o equipamento, medindo cerca de 23 por 07 milímetros, estava encapsulado em material plástico termocontrátil de cor preta, ligado a três fios de cores preto, branco e vermelho. Esse equipamento de espionagem se encontrava conectado, ainda segundo o laudo da PF, nos fios de telefone, ocultado no interior de uma das caixas de telefonia.
Varredura
No final da tarde, o presidente Ricardo Marcelo enviou nota à imprensa informando que, após a divulgação do laudo pericial da PF, irá determinar uma varredura eletrônica em todos os gabinetes do Legislativo Estadual. Ricardo Marcelo voltou a afirmar que o caso, embora grave, tem que ser tratado com cautela, para que não haja insinuações indevidas. "Tudo é possível. O que eu não posso é fazer afirmação sobre quem foi o responsável. Não vou fazer pré-julgamento sobre isso. Vou esperar as investigações completas do caso", disse.
Fonte: http://www.wscom.com.br/
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