O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, exigiu nesta segunda-feira uma revisão das regras de segurança do sistema de transporte, um dia depois de o naufrágio do navio Bulgaria no rio Volga ter deixado 41 mortos, incluindo cinco crianças.
Equipes de resgate ainda procuram por cerca de 80 desaparecidos, mas admitem
que as chances de encontrá-los são pequenas. Nesta segunda-feira, mergulhadores
enviados ao local disseram ter visto cerca de 110 corpos no interior do
barco.
"Devemos realizar um exame em todos os meios de transporte de passageiros",
afirmou Medvedev. "Segundo nossas informações, o estado deste barco não era
satisfatório. Isto (o naufrágio) não teria acontecido se as regras de segurança
tivessem sido respeitadas". De acordo com o Ministério dos Transportes, a Rússia
tem 1.568 barcos de passageiros registrados e mais de cem são tão ou mais
antigos que o Bulgaria, construído em 1955 na República Checa.
Medvedev declarou dia de luto nacional na terça-feira por causa do naufrágio,
que aconteceu no domingo. O barco seguia de Bulgar para Kazan quando afundou na
região da Tartária, a cerca de 750 km de Moscou.
De acordo com o governo russo, o Bulgaria tinha capacidade para 120 pessoas, incluindo passageiros e tripulantes. Porém, no domingo a embarcação levava 208 a bordo. Autoridades russas disseram que 80 pessoas foram resgatadas com vida.
Sobreviventes disseram que o barco naufragou após ser levado por uma onda
durante uma curva. A embarcação teria levado apenas oito minutos para afundar.
Ainda de acordo com sobreviventes, muitas crianças estavam a bordo e pelo menos
50 estavam reunidas na sala de entretenimento do navio pouco antes do
naufrágio.
Atração turística durante os meses do verão europeu, o Volga é o rio mais
longo da Europa, com 30 km.
Com EFE e AP
Portal IG
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