A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que as atrocidades - incluindo 387 estupros - cometidas pela rebelião em agosto de 2010 em 13 aldeias de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, podem constituir "crimes contra a humanidade". A informação consta de relatório divulgado nesta quarta-feira (6).
Dessa forma, o caso teria caminho aberto para ser levado ao Tribunal Penal Internacional em Haia (Holanda).
- Devido ao fato de que estes ataques foram planejados e empreendidos de forma sistemática e seletiva, os atropelos cometidos poderão constituir crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
A ONU atribui esses estupros a um grupo de 200 homens, composto por rebeldes hutus das FDLR (Forças Democráticas de Libertação de Ruanda), milícias Mai Mai e efetivos do coronel Emmanuel Nsengiyumva (um congolês que passou para o lado da rebelião no início de 2010).
Os Mai-Mai são grupos de comunidades tribais formados para defender seus territórios contra ataques de outros grupos armados.
O informe, elaborado pelo Escritório Conjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos, informa ter provas de que pelo menos 387 civis foram atacados por estes combatentes - incluindo 300 mulheres, 23 homens, 55 meninas e 9 meninos.
Além disso, os atacantes saquearam 923 casas e 42 comércios e sequestraram 116 civis, que foram submetidos a trabalhos forçados.
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