Quando o corpo foi encontrado, peritos chegaram a informar que era de uma
menina. No entanto, houve um erro de diagnóstico e dois exames de DNA
comprovaram que o corpo era de Juan.
Segundo o diretor de Polícia Técnica e Científica, delegado Sérgio Henriques,
houve um erro de uma perita que, em laudo preliminar, indicou que o corpo era de
uma menina. Segundo ele, é muito difícil identificar o sexo de uma pessoa pela
ossada de uma criança ou adolescente.
A perita, que não teve o nome divulgado, será afastada da função e responderá
uma sindicância interna. O delegado Cláudio Nascimento, da delegacia de
Comendador Soares (56ª DP), que iniciou as investigações do caso, será
exonerado.
Os PMs investigados não tiveram a prisão pedida à Justiça. Eles prestaram
depoimento que durou 13 horas entre a tarde de ontem e a madrugada de hoje.
Não foi revelado o que eles disseram.
Juan desapareceu após ter sido supostamente baleado em um confronto na favela
Danon, em Nova Iguaçu. No tiroteio, uma pessoa morreu e duas pessoas foram
atingidas, entre elas o irmão mais velho de Juan, Wesley, de 14 anos.
O irmão de Juan contou, na época, que o menino também foi baleado e o viu
caído no chão. Após isso, a criança não foi mais vista.
Quatro PMs que participaram diretamente do tiroteio foram afastados dos
serviços de rua. Outros sete que estavam nas proximidades da comunidade no dia
do fato também são investigados.
Manchas de sangue foram achadas nas viaturas da PM que circularam pela favela
da Danon no dia do crime. O exame para identificar de quem seria o material
ainda não teve o resultado divulgado. Na próxima sexta-feira (8), às 10h, será
feita uma reconstituição do fato.
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