Foto:Caren Firouz/Reuters
- Tomei conhecimento de que em algumas universidades foram organizadas classes não mistas, sem levar em consideração as consequências desta decisão. É necessário impedir imediatamente estas ações superficiais e não científicas.
Nos últimos meses, a corrente religiosa ultraconservadora que domina o regime iraniano iniciou uma campanha a favor do fim do caráter misto das turmas nas universidades, provocando um grande debate na imprensa e na classe política.
Nesta terça-feira (5), o ministro da Ciência, Pesquisa e Tecnologia, Kamran Daneshju, afirmou que seu ministério não planeja uma separação de sexos nas turmas e rejeitou a ideia de "segregação sexual". Ele recordou que alunos e alunas devem apenas sentar em filas separadas nas aulas das universidades.
- Somos contrários à mistura entre homens e mulheres à maneira ocidental, mas ninguém é contra a aquisição de conhecimento pelos estudantes.
Segundo a imprensa, há uma década o ensino superior do Irã tem mais mulheres que homens entre os 3,5 milhões de estudantes. No início das aulas em 2011, as mulheres representavam 60% dos estudantes no primeiro ano universitário. O acesso às universidades é obtido por concurso nacional.
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