sexta-feira, 27 de maio de 2011

Em 15 anos, 40 mil trabalhadores foram resgatados de condições de escravidão no Brasil



Quase 40 mil trabalhadores foram resgatados de condições de trabalho semelhantes à escravidão nos últimos 15 anos no Brasil. Desde 1995, quando se reconheceu a existência de trabalho escravo no país, até o ano passado, o Ministério do Trabalho realizou, em parceria com o Ministério Público e a Polícia Federal, 1.081 operações para localizar e resgatar trabalhadores.

Em 2010, foram realizadas 141 operações, inspecionando 305 estabelecimentos, com 2.617 trabalhadores resgatados. Os dados, que constam de relatórios de Fiscalização para a Erradicação do Trabalho Escravo, foram divulgados nesta sexta-feira durante o lançamento da campanha nacional pela erradicação pelo Ministério Público do Trabalho.

Em pronunciamento na cerimônia de lançamento, o procurador-geral do Trabalho, Otávio Brito Lopes, afirmou que uma “atuação firme” do Judiciário na área civil e a lista suja do trabalho escravo do Ministério do Trabalho, que apontam empresa que foram flagradas com trabalhadores em situações degradantes, são dois fatores que têm ajudado a coibir a prática.

Ele destacou ainda a necessidade de qualificar os trabalhadores resgatados, para que eles não fiquem novamente vulneráveis ao aliciamento para as situações análogas à escravidão.

Campanha

A campanha, idealizada pelo Conaete (Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério Público do Trabalho), tem como objetivo mostrar que o trabalho escravo não é algo distante dos brasileiros.

Além de atuar no auxílio ao resgate ao trabalhador e na punição do empregador, o Conaete lançou peças de marketing que relacionam o trabalho escravo a produtos adquiridos por consumidores. Em uma delas, são contrapostas as fotos de uma modelo com roupas sofisticadas à de uma oficina de costura em que trabalham uma mulher idosa e uma mãe com criança de colo.

Também presente ao evento, o ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Luiz Felipe Vieira de Mello, reforçou que “o trabalho escravo não está longe de nós”.
- Os consumidores usufruem dos produto dele.

Fonte: http://www.wscom.com.br/

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