quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Trabalho infantil doméstico preocupa MPT- PB




Na capital paraibana, a maior incidência de trabalho infantil se dá no atividade doméstica. A informação é da procuradora do Trabalho Maria Edlene Lins Felizardo. Em razão disso, ela planeja para os próximos dias convidar prefeitos, secretários municipais e estaduais de Educação para uma audiência visando dar os primeiros passos para a implantação do Programa MPT na Escola em João Pessoa e nas demais cidades que integram a jurisdição da sede do MPT paraibano.

“Queremos firmar logo o termo de cooperação técnica para iniciar as etapas de capacitação dos educadores, de modo a garantir que tudo esteja pronto para se iniciar a abordagem do tema trabalho infantil nas salas de aula já no início do próximo ano letivo”, explica a procuradora, que inclusive solicitou suspensão de suas férias para poder participar de dois cursos sobre o Programa e sobre Políticas Públicas esta semana em Salvador-BA.

Edlene Lins enfatiza que o MPT na Escola já começou a ser implantado na região atendida pela unidade do MPT em Campina Grande e se estenderá também a municípios atendidos pela unidade sediada em Patos. “Os municípios paraibanos costumam ser simpáticos aos projetos do MPT”, avalia. Ela acrescenta que não havia iniciado a implantação ainda em João Pessoa porque necessitava de capacitação e considera que o curso realizado ontem e hoje foi além da teoria, privilegiando a atividade prática.

 “Foi uma iniciativa muito importante pela capacitação propiciada e porque vivenciamos e compartilhamos experiências com atores de Estados onde o Programa já está bem avançado, como o Ceará”, destacou.

A procuradora ressalta que tem um interesse especial pelo tema desde 1999, quando participou de curso da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a matéria. Além disso, há oito anos ela integra a Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância) e durante seis anos presidiu o Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Infantil da Paraíba.

“Se não erradicarmos o trabalho infantil, não conseguiremos romper jamais um ciclo vicioso de pobreza que é repetido por gerações. Não consigo ficar inerte vendo a infância ser roubada e tantos malefícios causados pelo trabalho precoce. Combatê-lo é um compromisso pessoal e institucional”, argumenta.


Fonte: MPT-CE

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