terça-feira, 21 de junho de 2011

21 de junho - Dia Nacional de Combate a Asma




A asma é uma doença crônica que afeta mais de 100 milhões de pessoas, de diversas faixas etárias, em todo o mundo. Segundo o Ministério da Saúde, a asma é a terceira causa de internação hospitalar no País e é responsável por cerca de 2.500 óbitos por ano no Brasil. Para reverter esse quadro, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia criou o "Dia Nacional de Combate a Asma", comemorado em 21 de junho.

A especialista em alergia e imunologia do Hospital VITA Batel, Loraine Farias Landgraf, explica que a asma caracteriza-se por chiado, falta de ar, opressão torácica e tosse. Trata-se de uma doença inflamatória crônica, que não tem cura, mas que pode ser controlada. No inverno, o aumento das infecções das vias aéreas, a baixa resistência do organismo, devido ao frio e à umidade, faz com que as crises apareçam mais frequentemente e agrave os casos da doença.

Nas pessoas asmáticas, a mucosa brônquica (revestimento interno dos brônquios) fica inflamada, o que diminui o calibre dos brônquios, dificulta a passagem do ar e aumenta a secreção dessa região. Essa mucosa frequentemente avermelhada e inchada fica mais sensível a certas substâncias inaladas. Segundo a médica, durante uma crise de asma, os músculos que envolvem as vias respiratórias se enrijecem ou contraem, limitando o fluxo de ar para dentro e fora dos pulmões. "A gravidade da asma pode variar de pessoa para pessoa, podendo piorar com o tempo, por isso, é preciso realizar o tratamento adequado", alerta.

A asma é também uma das doenças mais comuns na infância. Em geral, compromete crianças pequenas. A estimativa no Brasil é que cerca de 10 a 15% das crianças em idade escolar tenham asma. A coordenadora da UTI Pediátrica do Hospital VITA Curitiba, Lygia Coimbra de Manuel, explica que é mais difícil realizar o diagnóstico da doença em crianças com menos de seis meses de idade. A especialista conta também que, no Brasil, estudos revelam que a asma aguda é responsável por cerca de 10% das internações nas UTIs pediátricas, e, que assim como nos adultos, os casos são mais comuns durante o inverno.

Segundo a pediatra, as crises de asma são causadas pelos chamados fatores desencadeantes. Os mais comuns são infecções virais, alérgicos (pólens, pelos, fungos, antígenos de insetos, poeira domiciliar), irritações (produtos de limpeza, inseticidas, tintas e ceras), ambientais (fumaça de cigarro, poluição atmosférica, variações de temperatura ambiental, umidade relativa do ar), entre outros.

As especialistas alertam que é importante que cada paciente reconheça os fatores que acionam sua dificuldade respiratória e encontre meios de evitar ou limitar sua exposição a eles. Um paciente que tem asma, terá o tempo todo, mesmo quando não apresentar sintomas. Por isso, a doença deve ser controlada todos os dias. A estratégia de prevenção é manter um ambiente livre de componentes que possam desencadear uma crise. O uso de medicamentos profiláticos de asma combate a inflamação e permite uma excelente qualidade de vida para os pacientes asmáticos.


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