sexta-feira, 17 de junho de 2011

Promotora de Mato Grosso apresenta experiência de combate à violência contra a mulher



A experiência do Ministério Público de Mato Grosso no combate à violência contra a mulher foi apresentado na tarde, desta sexta-feira (17), no I Seminário Multidisciplinar acerca da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher pela promotora de Justiça Lindinalva Rodrigues Della Costa, que coordena Comissão Permanente da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Grupo Nacional Direitos Humanos do Conselho Nacional Procuradores-Gerais.

Ela explicou que o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher não se faz apenas a golpes de leis. “É necessário que as instituições trabalhem juntas cada uma fazendo seu papel, o Ministério Público, o Poder Judiciário, a Defensoria, a Delegacia, e principalmente o Serviço Social e a Psicologia”, disse.

A promotora apresentou a experiência desenvolvida na Promotoria da Mulher de Cuiabá, a primeira a ser instalada no Brasil após a entrada em vigor da Lei Maria da Penha. Segundo a promotora, os projetos realizados pela Promotoria conseguiram reduzir em 75% o número de mortes de mulheres na capital de Mato Grosso. “Nós consideramos toda violência como grave violação dos direitos humanos, intervindo nas relações para evitar maiores consequências”, disse a promotora.

Lindinalva Rodrigues explicou que é executado também o projeto “Lá em Casa quem manda é o Respeito”, que tem como público alvo os detentos e reeducandos da violência doméstica e familiar contra a mulher de Cuiabá, com o objetivo de fazer com que eles reflitam, compreendam e assumam a responsabilidade sobre seus atos. Também são discutidas as penalidades previstas na Lei Maria da Penha, esteriótipos e educação machista, relação entre pais e filhos e a união dos homens pelo fim da violência doméstica contra a mulher.

Outro projeto desenvolvido pelo Ministério Público de Mato Grosso é o “Questão de Gênero”, executado nas escolas. “A ideia do Ministério Público é buscar prevenir que tais crimes ocorram em tão expressiva quantidade e o caminho para este ideal passa necessariamente pela educação, na tentativa de se modificar a forma machista e preconceituosa com que as mulheres ainda são tratadas, motivo pelo qual levaremos novos conceitos e informações para todas as escolas e universidades públicas e privadas de Cuiabá”, explicou a promotora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário