quarta-feira, 22 de junho de 2011

Battisti quer ter vida normal no Brasil, diz advogado




O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, que defende o ex-ativista italiano Cesare Battisti, afirmou nesta quarta-feira (22), em nota divulgada à imprensa, que seu cliente recebeu com tranquilidade a decisão do CNIg (Conselho Nacional de Imigração), que o autorizou a permanecer definitivamente no Brasil.

A decisão foi tomada na manhã de hoje por 14 votos a dois, e a autorização será agora submetida ao Ministério da Justiça, ao qual cabe, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, emitir o visto permanente.


“Cesare Battisti nutre a esperança de poder restaurar a normalidade de sua vida, continuando a escrever seus livros, e ver cessada a perseguição que há anos vem lhe atingindo”, diz a nota. Segundo Greenhalgh, Battisti sabe de suas obrigações como estrangeiro no Brasil e irá cumpri-las fielmente.
 
 
Em 1988, o ex-ativista foi condenado à prisão perpétua na Itália pelos assassinatos de quatro pessoas, na década de 1970. Na época, ele integrava a organização PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).


Battisti nega responsabilidade pelos crimes. Para os italianos, ele é um criminoso comum, mas no Brasil foi considerado um perseguido político.


Em 2009, o Ministério da Justiça concedeu refúgio político ao italiano, reconhecendo seu direito de permanência no país. A decisão, contudo, foi invalidada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que recomendou sua extradição, pedida pela Itália. A Corte, no entanto, delegou a palavra final ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No último dia de seu mandato, Lula decidiu não extraditar o ex-ativista. No dia 8 de junho deste ano, o Supremo manteve a decisão de Lula e determinou a libertação imediata de Battisti, que era mantido preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília.


 Fonte: R7

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