terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Prefeito inaugura dez novos leitos para usuários do Caps no Rangel



“Esse serviço mudou a minha vida. Antes eu vivia 24 horas no álcool e não tinha pretensão a nada. Hoje quem mudou tudo ao meu redor completamente foi o Caps”, esse foi o depoimento de Aluísio Barbosa, um dos usuários do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas David Capistrano (CAPS AD III) durante a inauguração de dez novos leitos para usuários que estão em período de desintoxicação e abstinência, segunda-feira (19) , no bairro do Rangel, na rua José Soares, S/N.

Na oportunidade o prefeito Luciano Agra ressaltou a importância de um serviço que forneça assistência ao usuário e, ao mesmo tempo, uma maior tranquilidade à família. “Um serviço que dará uma maior assistência às pessoas em condições de fragilidade gerada pelo consumo de álcool e outras drogas e melhorará a qualidade de vida das famílias, pois elas podem ter a esperança de mudança nas pessoas afligidas pelo vício”, enfatizou Luciano Agra.

Cristina Barbosa, esposa de Aluísio, confirma o benefício. “Ele era uma pessoa completamente diferente e não tinha nenhum horizonte e nem mesmo tomava banho. Hoje em dia ele pode viver e até mesmo planejar um futuro com a família”, afirmou Cristina Barbosa.


O funcionamento 24h dos leitos do Caps é primeiro na rede municipal, no qual os usuários em abstinência podem passar um período de 7 a 15 dias nos leitos para acompanhamento da equipe interdisciplinar formada por médicos clínicos, psiquiatra, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais.

“A equipe oferece a possibilidade do atendimento do usuário de álcool e drogas em serviços da comunidade, diminuindo assim os internamentos em hospitais psiquiátricos, mostrando outras atividades de cuidado”, salienta a diretora do Centro, Ana Karina de Almeida Soares.

Serviço – O trabalho oferecido pelo Caps beneficia, atualmente, 480 usuários de substâncias psicoativas com idade a partir de 18 anos, fornecendo um serviço que atende a pessoas com transtornos relacionados a uso e abuso de álcool e drogas.

Dentre as oficinas realizadas no Caps, os usuários têm acesso à educação em saúde, oficina de redução de danos, grupo de prevenção em recaída, orientação sobre os problemas do alcoolismo, grupos de arte terapia, oficina de música, combate ao tabagismo e oficina de relaxamento.

Segundo dados oferecidos pela direção do serviço, dos 480 usuários do Caps, 65% procuram o serviço com problemas de álcool e apenas 35 dos 480 são usuários de crack. “Cerca de 90% dos usuários são de homens e a droga de maior demanda é o álcool, em torno 65%. O problema do crack é grande, mas o álcool afeta a todos os usuários que nos procuram”, argumentou Karina.



Fonte: ASCOM/PMJP

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