quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Réu pela morte de defensora na Paraíba é indiciado por outro crime


Acusado de matar defensora é indiciado por outro crime de trânsito na Paraíba (Foto: Walter Paparazzo/G1) 
Psicólogo teria atropelado comerciante cinco meses
após acidente que matou defensora em João Pessoa
(Foto: Walter Paparazzo/G1)

O psicólogo Eduardo Paredes do Amaral, réu no processo que apura a morte da defensora pública-geral da Paraíba, Fátima Lopes, em um acidente em 2010, foi indiciado nesta quinta-feira (1º) por mais um crime de trânsito em João Pessoa.

O delegado Nélio Carneiro, da 9ª Delegacia Distrital em Mangabeira, afirmou que apenas na próxima semana vai decidir se pede ou não a prisão do psicólogo por esse outro crime.

Na delegacia, a defesa do psicólogo informou que vai aguardar a conclusão do inquérito para decidir o que vai será feito. A previsão do delegado é de que na próxima semana o inquérito seja concluído.

Em junho de 2010, a comerciante Maria José dos Santos, de 56 anos, atravessava a rua Hilton Souto Maior no bairro de Mangabeira, em João Pessoa com o companheiro quando  foram atropelados por um carro  em alta velocidade. De acordo com o delegado Nélio Carneiro, o veículo era de Eduardo Paredes. "Estou aliviado. A justiça foi feita", disse José dos Santos um dos filhos da vítima.

Em sua defesa, o psicólogo alegou que no dia do acidente o carro apresentou problemas mecânicos e por isso estacionou o veículo no bairro dos Bancários, mas o carro teria sido roubado. Ele alega que foram as pessoas que roubaram o carro que cometeram o acidente.

Estou aliviado. A justiça foi feita". José dos Santos, um dos filhos da vítima. Mas o delegado Nélio Carneiro disse que nos dois meses de investigação foram ouvidas cerca de 20 pessoas e as testemunhas disseram que o motorista do veículo era Eduardo Paredes. "A própria vítima sobrevivente reconheceu. Um casal que passava na hora do acidente viu o motorista. Pelas características dita pelo casal era ele o condutor", disse o delegado.

Caso Fátima Lopes
O acidente com a comerciante aconteceu cinco meses após o psicólogo se envolver em um outro acidente de trânsito com morte. Em 24 de janeiro de 2010, por volta das 6h, a caminhonete de Eduardo Paredes bateu no carro da então defensora pública-geral, Fátima de Lourdes Lopes Correia Lima.

O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Epitácio Pessoa com a Prefeito José Leite, sentido Centro-Praia, em João Pessoa. Devido a violência da colisão, Fátima Lopes morreu e seu marido, Carlos Marinho de Vasconcelos Correia Lima, ficou gravemente ferido.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Eduardo Paredes é acusado de cometer homicídio doloso, quando há intenção de matar. Ele teria ultrapassado o sinal vermelho, dirigido em alta velocidade e sob efeito de bebida alcoólica, assumindo o risco de uma morte.

O réu chegou a ser detido no Centro de Ensino da Polícia Militar, mas a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça concedeu o habeas corpus em março de 2010.

David Lopes, filho da defensora Fátima Lopes, disse que aguarda o Tribunal de Justiça julgar os recursos para que seja marcado o júri. “Estamos perplexo que cinco meses após o crime contra minha mãe ele tenha destruído mais uma outra família”, disse David.



Fonte: G1PB

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