quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pai e madrasta da menina Joanna não serão julgadas em júri popular

Menina Joanna
Joanna, de apenas cinco anos, morreu em agosto do ano passado
 
André Rodrigues Marins e Vanessa Maia Furtado, pai e madrasta da menina Joanna, acusados de tortura e homicídio qualificado por meio cruel, não serão julgados em júri popular. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Joanna faleceu no dia 13 de agosto, vítima de meningite, no Hospital Rio Mar.

Segundo o juiz Murilo André Kieling Cordona Pereira, André e Vanessa não fazem parte da competência do Tribunal do Júri, pois o crime não se trata de um delito contra a vida.

Pediatra e falso médico
A Justiça decidiu que a médica pediatra Sarita Fernandes e o estudante de medicina Alex Sandro da Cunha vão a júri popular. A mãe da menina Joanna, a médica Cristiane Marcenal, diz acreditar que os dois sejam condenados pela Justiça.

- Tenho certeza que eles serão presos e condenados. Estou dizendo isso como médica, por que o que os dois fizeram é crime. Agora a minha preocupação é com o pai e com a madrasta da Joanna.

Para o promotor Antônio Carlos de Oliveira a decisão da Justiça é positiva, pois mostra que foi aceita integralmente a acusação contra a pediatra e o falso médico.

- O júri popular só julga os crimes dolosos contra a vida. Os jurados vão decidir tanto o crime de homicídio e os crimes chamados conexos. A decisão está aceitando na integra a acusação que foi feita contra eles.

Relembre o casoA menina Joanna, que teria sido vítima de maus-tratos, morreu no CTI do hospital Amiu, em Botafogo, na zona sul do Rio, em agosto de 2010. Ela foi internada na unidade depois de passar por dois hospitais em Jacarepaguá e na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Além de ter tido várias convulsões, ela apresentava hematomas nas pernas e marcas nas nádegas e no tórax, que aparentavam queimaduras.

A mãe da criança, a médica Cristiane, acusa o pai da menina, que tinha a guarda dela na época, de maus-tratos. Marins nega e atribui os ferimentos a sucessivas crises de convulsão.

Durante as investigações da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, foi descoberto que, além dos maus-tratos, a criança tinha sido atendida por um falso médico no hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca. Ela ficou 28 dias internada no hospital Amiu.


Fonte: R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário