sexta-feira, 22 de julho de 2011

Maioria dos brasileiros considera que cor ou raça influencia vida cotidiana


 
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira constata que 63,7% da população brasileira considera que a raça ou a cor da pele influenciam na vida cotidiana. Segundo o estudo, essa avaliação aparece em primeiro lugar no "trabalho", categoria citada por 71% dos entrevistados, enquanto "relação com Justiça/Polícia" é a segunda mais mencionada (68,3%) e "convívio social" fica em terceiro lugar (65%).


A "Pesquisa das Características Étnico-Raciais da População: um Estudo das Categorias de Classificação de Cor ou Raça" baseou-se em um estudo qualitativo com entrevistas em 15 mil residências no Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal. Por unidades federativas, o Distrito Federal (77%) foi a que registrou maior proporção de pessoas que acreditam que raça ou cor influenciam nas relações cotidianas foi Distrito Federal, enquanto o Amazonas (54,8%) ficou em último entre as pesquisadas.


Por gênero, a percepção de que raça e cor têm efeitos foi maior entre as mulheres (66,8%) que entre os homens (60,2%). Além disso, 96% dos entrevistados dizem estar cientes de sua própria cor e raça: branca (49%), preta (1,4%), parda (13,6%), amarela (1,5%) e indígena (0,4%), além dos termos "morena" (21,7%, incluindo variantes "morena clara" e "morena escura") e "negra" (7,8%).


A pesquisadora Ana Saboia, uma das autoras do estudo e chefe da Divisão de Indicadores do Instituto, esclareceu que os dados não permitem dizer se os brasileiros consideram que há discriminação por cor ou raça no Brasil. "Não podemos afirmar isso. A pergunta foi direta: se a cor ou a raça influenciam na vida. Não perguntamos se essa influência era positiva ou negativa", explicou.


Fonte: Portal Terra

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