quarta-feira, 13 de julho de 2011

Polêmica: Pais contratam detetives para seguir filhos



O jornal Folha de S. Paulo revelou, no último domingo (10), um novo meio utilizado pelos pais para conhecer melhor o comportamento dos filhos: a espionagem. Eles contratam detetives a fim de obter informações como a possibilidade de envolvimento com drogas e a orientação sexual. E a prática é crescente.


O desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Siro Darlan, que trabalhou 14 anos como juiz na 1ª. Vara da Infância e da Juventude, afirmou à reportagem do jornal que isso fere os direitos dos adolescentes. “Eles estão afrontando o direito da criança e do adolescente à privacidade.


O artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente diz que a criança tem direito ao respeito e esse respeito consiste na inviolabilidade da sua integridade física, psíquica e moral, que está sendo invadida por esses detetives”, disse.


Por sua vez, os pais que já utilizaram serviços de detetive defendem a prática. O analista de cobrança S. T., 57, pai de um adolescente de 16 anos, afirma que o filho deixou as drogas depois de ver as filmagens em que aparecia usando maconha e ecstasy.


Há ainda os pais que buscam o serviço dos detetives para descobrir sobre a orientação sexual dos filhos. “É impressionante como ainda há preconceito dos pais, muitos preocupados em saber se o filho é gay”, disse à Folha a detetive Angela Bekeredjian.



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