terça-feira, 2 de agosto de 2011

Criminosos de guerra são alvo de tribunais internacionais em 2011



O ano de 2011 não tem sido bom para quem tem um crime de guerra na ficha corrida. O TPI (Tribunal Penal Internacional), em Haia (Holanda) – e os tribunais especiais para crimes de guerra em outros países – têm tornado o mundo pequeno para quem quer fugir das atrocidades cometidas no passado.

O fim chegou, no mês passado, para Goran Hadzic – que podia exibir o duvidoso título de único procurado pelo TPI que ainda não havia sido capturado. No último dia 20, ele foi preso e, dois dias depois, levado de Belgrado (Sérvia) para Haia – mas não sem antes passar em Novi Sad (também na Sérvia) para uma visita à mãe.

Também responsável pelo genocídio que matou mais de 100 mil pessoas na Bósnia entre 1991 e 1995, Ratko Mladic (que é conhecido pelo pouco discreto apelido de “Açougueiro da Bósnia”). Contra ele pesa a acusação de matar pouco menos de 8.000 homens e meninos durante “interrogatórios” na Guerra da Bósnia.

Outra conta que começa a se fechar é a dos antigos dirigentes do regime do Khmer Vermelho, no Camboja. O líder, Pol Pot, morreu em 1998 sem responder pelo genocídio e pelos crimes contra a humanidade cometidos enquanto ele mandava. Foram mais de 1,7 milhão de pessoas entre 1974 e 1979.
Não tiveram a mesma “sorte” Khieu Samphan (chefe de Estado cambojano que pediu para ser perdoado e esquecido), Nuon Chea (número dois do regime), Ieng Sary (ex-ministro de Relações Exteriores) e Ieng Thirith (ministra de Assuntos Sociais) – todos ocupantes de cargos de autoridade no país quando os crimes aconteceram.
 
 
Ruanda foi outro palco de atos de que não se imagina que alguém seja capaz: foram quase 800 mil mortos em 1994, numa guerra entre as etnias hutu (então no poder) e tutsi. No dia 24 de junho, a ex-ministra ruandesa Pauline Nyiramasuhuko obteve o pouco meritório título de primeira mulher condenada por genocídio pelo Tribunal Penal Internacional para Ruanda.

Neste ano também alguns que achavam terem sido esquecidos pela história viram que nunca é tarde demais para serem chamados a responder por seus crimes. No dia 15 de junho, o governo da Sérvia emitiu ordem de captura internacional contra Nada Sakic, 85, viúva de Dinko Sakic - ex-comandante do campo pró-nazista croata de Jasenovac, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Ele teria participado de extermínio em massa de sérvios, judeus e ciganos – e ela é suspeita de maus-tratos.
Alguns meios de comunicação locais divulgaram que, segundo informações não oficiais, Nada Sakic teria morrido na Croácia, onde supostamente viveu nos últimos anos sob nome falso.





Fonte: R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário